Foto de Maria Ester Pereira
por Josias Pires
A participação pode se dar a partir de R$ 25,00, com recompensas.
E com apenas R$ 1 mil será exibida a logomarca da empresa como apoiadora do projeto na cartela de Apoio Cultural do filme.
Por que fazer financiamento coletivo? Seria prova da falência do realizador incapaz de captar os volumosos recursos disponíveis pelas leis, canais e dutos do sistema audiovisual brasileiro? Ou seria uma opção pertinente para um filme cujo compromisso com o mercadão do cinemão é zero? Porque este é o caso desse filme feito a partir da contribuição milionária de todos os erros, como diria o poeta modernista; com câmaras de celulares dos quilombolas, de variado material produzido por diversos cinegrafistas que se mobilizaram na cidade para acompanhar – sobretudo em 2012 – a tragédia, o drama, a existência de um fato encoberto há 40 anos, envolvendo uma das forças armadas brasileira, a Marinha do Brasil e um grupo de cidadãos espoliados em seus direitos.
Tomei conhecimento dessa história no começo de novembro de 2011 e o pequeno filme Quilombo Rio do Macaco estava pronto no final de dezembro. Depois daquele web-doc, continuamos a acompanhar o assunto. Em 2013 fizemos o projeto do longa metragem para o Edital do Audiovisual da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia, em nome de pessoa física, fazendo jus ao financiamento no valor de R$ 100 mil, o teto de captação. Os recursos foram utilizados nas etapas de pesquisa, pré-produção, produção e montagem; e possibilitaram uma documentação sistemática e intensa da comunidade e do processo, da luta e da vida no território. Permitiram também fazer a pesquisa e recolhimento de material disponível em várias fontes; fazer a preparação da montagem, decupagem, transcrição, organização do material que totalizou mais 150 horas, em programas de edição; etc. e a montagem propriamente dita, que está em curso, nas mãos de Cristina Amaral. renomada montadora do cinema brasileiro.
O propósito é finalizar o filme – executar os serviços de edição de som, mixagem, aluguel de estúdio de som, serviços de correção de cor, arte / letreiros, título etc. – ainda este ano, de modo que no início de 2016 esteja nas telas, em salas de festivais e em todos os espaços e janelas possíveis. Para isto são necessários recursos da ordem de R$ 50 mil. É um filme urgente que além de documentar o processo social, pretende contribuir com a reflexão sobre o momento presente do país, sobre aspectos da natureza da crise em que estamos mergulhados. Dado essa urgência, optamos pela agilidade possibilitada pelo financiamento coletivo para cobrir, pelo menos, parte do orçamento. Sem descartar outras possibilidades de obtenção de recursos para as etapas de exibição e distribuição, o financiamento coletivo, neste momento, é a melhor opção.
Participe, colabore e ajude a levar esse filme às telas!
Isto é exercício de cidadania, solidariedade, participação.
Página da Campanha Benfeitoria.com: http://beta.benfeitoria.com/docquilomboriodosmacacos
Filme curto feito em 2011: https://www.youtube.com/watch?v=bwUXjUzqU6w
Página do filme no Facebook https://www.facebook.com/quilomboriodosmacacosofilme