Archive for the 'Meio Ambiente' Category

Financiamento coletivo para finalizar documentário “Quilombo Rio dos Macacos”

11/07/2015
Foto de Maria Ester Pereira

Foto de Maria Ester Pereira

por Josias Pires

A participação pode se dar a partir de R$ 25,00, com recompensas.

E com apenas R$ 1 mil será exibida a logomarca da empresa como apoiadora do projeto na cartela de Apoio Cultural do filme.

Por que fazer financiamento coletivo? Seria prova da falência do realizador incapaz de captar os volumosos recursos disponíveis pelas leis, canais e dutos do sistema audiovisual brasileiro? Ou seria uma opção pertinente para um filme cujo compromisso com o mercadão do cinemão é zero? Porque este é o caso desse filme feito a partir da contribuição milionária de todos os erros, como diria o poeta modernista; com câmaras de celulares dos quilombolas, de variado material produzido por diversos cinegrafistas que se mobilizaram na cidade para acompanhar – sobretudo em 2012 – a tragédia, o drama, a existência de um fato encoberto há 40 anos, envolvendo uma das forças armadas brasileira, a Marinha do Brasil e um grupo de cidadãos espoliados em seus direitos.

Tomei conhecimento dessa história no começo de novembro de 2011 e o pequeno filme Quilombo Rio do Macaco estava pronto no final de dezembro. Depois daquele web-doc, continuamos a acompanhar o assunto. Em 2013 fizemos o projeto do longa metragem para o Edital do Audiovisual da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia, em nome de pessoa física, fazendo jus ao financiamento no valor de R$ 100 mil, o teto de captação. Os recursos foram utilizados nas etapas de pesquisa, pré-produção, produção e montagem; e possibilitaram uma documentação sistemática e intensa da comunidade e do processo, da luta e da vida no território. Permitiram também fazer a pesquisa e recolhimento de material disponível em várias fontes; fazer a preparação da montagem, decupagem, transcrição, organização do material que totalizou mais 150 horas, em programas de edição; etc. e a montagem propriamente dita, que está em curso, nas mãos de Cristina Amaral. renomada montadora do cinema brasileiro.

O propósito é finalizar o filme – executar os serviços de edição de som, mixagem, aluguel de estúdio de som, serviços de correção de cor, arte / letreiros, título etc. – ainda este ano, de modo que no início de 2016 esteja nas telas, em salas de festivais e em todos os espaços e janelas possíveis. Para isto são necessários recursos da ordem de R$ 50 mil. É um filme urgente que além de documentar o processo social, pretende contribuir com a reflexão sobre o momento presente do país, sobre aspectos da natureza da crise em que estamos mergulhados. Dado essa urgência, optamos pela agilidade possibilitada pelo financiamento coletivo para cobrir, pelo menos, parte do orçamento. Sem descartar outras possibilidades de obtenção de recursos para as etapas de exibição e distribuição, o financiamento coletivo, neste momento, é a melhor opção.

Participe, colabore e ajude a levar esse filme às telas!

Isto é exercício de cidadania, solidariedade, participação.

Página da Campanha Benfeitoria.com:  http://beta.benfeitoria.com/docquilomboriodosmacacos

Filme curto feito em 2011: https://www.youtube.com/watch?v=bwUXjUzqU6w

Página do filme no Facebook  https://www.facebook.com/quilomboriodosmacacosofilme 

A lagarta que comeu o agronegócio

13/04/2013

lagarta oeste

O caso da lagarta Helicoverpa foi parar em Brasília, via telefonema do governador Jacques Wagner para a presidenta Dilma Roussef. Ele explicou que a situação era de emergência e precisavam de um decreto autorizando a importação de três tipos de inseticidas que não tem registro no país.

Por Najar Tubino, Carta Maior

O título tem dois sentidos. O primeiro é literal, a lagarta Helicoverpa atacou lavouras de milho, soja e algodão, causando prejuízo de R$1 bilhão no oeste baiano, uma das últimas fronteiras do agronegócio, e se estendendo a outros 11 estados. No total prejuízo de R$ 2 bilhões. O segundo é figurado, porque a lagarta abriu o leque para mostrar que o glorificado setor do agronegócio no país, onde a soja representa no valor bruto de produção R$86 bilhões, aplica métodos de organização ultrapassados, mais parece prática de garimpo, do que outra coisa. Continue lendo »

Eucaliptos no entorno do Parque Nacional da Chapada Diamantina

23/03/2013

Joás Brandão
Joás Brandão escreve manifesto contra a plantação de eucaliptos na Chapada Diamantina

Por Ezyê Moleda, Samuel Esteves, Nelson Mello e Ricardo Toscani

Joás Brandão, agente de proteção ambiental no Parque Nacional da Chapada Diamantina (BA), escreveu nesta semana um texto de próprio punho pedindo o apoio da sociedade civil brasileira. O manifesto, que foi distribuido para os grandes meios de comunicação do país, avisa sobre a aprovação de uma grande plantação de eucalíptos nos arredores de uma área de preservação ambiental, que pode se tornar um desastre para a fauna e flora da Baixa da Onça.

Neste ano, Joás foi um dos homenageados do prêmio Trip Transformadores, justamente por seu trabalho de proteção na Chapada Diamantina.

Leia abaixo o texto completo do manifesto. Continue lendo »

Rio de Contas em chamas: A Bela Triste Guerra

24/09/2012

Texto e fot de Gilberto Lyrio Neto*

As armas que alimentavam as guerras de outrora, dessa vez não produzem sangue. Muito pelo contrário! As armas de agora procuram afastar o vermelho que jorra no céu da Bahia.

São armas portadas por brigadistas, bombeiros e voluntários da sociedade civil, que arriscam suas vidas no combate a incêndios que consomem a fauna e flora da Chapada Diamantina.

O cenário visto à noite é belo, porém os relatos e a experiência têm demonstrado que a beleza trazida com a guerra ardente é prejudicial e preocupante.

Isso porque compromete a biodiversidade; destrói plantações e afeta as nascentes que alimentam os rios da região, os quais, conforme matéria veiculada no blog Bahia na Rede, contribuem para o equilíbrio hidrográfico do Estado.

Na bela triste guerra, pude fotografar o belo Pico Itobira, situado na cidade de Rio de Contas, ser consumido pelo fogo.

*Advogado, esteve na região a trabalho

Incêndio consome APA Serra do Barbado, “berço das nascentes” dos principais rios baianos

23/09/2012

Um grande incêndio está consumindo há mais de uma semana a APA Serra do Barbado. Situada na parte sul da Chapada Diamantina, a área pode parecer muito remota para a maioria dos baianos, mas para se entender a sua importância estratégica, ainda mais em tempos de seca, basta lembrar alguns fatos: ela fica na confluência entre os biomas da caatinga, do cerrado e da Mata Atlântica, e seus mananciais alimentam as bacias dos rios de Contas e São Francisco, vitais para o equilíbrio hidrográfico do Estado. Por isso, a serra é considerada pelos especialistas como “berço das nascentes”.

A gestora da APA, Ana Paula Soares, de acordo com o jornal regional O Eco, acredita na origem criminosa do fogo. Ela informa ainda que o dano pode ter chegado a 20 mil hectares de área consumida pelo fogo. Continue lendo »

Pepe Mujica, presidente uruguaio, durante a Rio + 20

04/09/2012

Meu candidato a presidente da América Latina: “A grande crise não é ecológica, é política. Não viemos ao planeta para nos desenvolvermos, em termos gerais. Viemos para sermos felizes. E nenhum bem vale mais do que a vida! O hiperconsumo que agride o planeta exige que lutemos por uma outra cultura! Não podemos continuar sendo governados pelo mercado, temos que governar o mercado. O desenvolvimento não pode ir contra a felicidade. Tem que ser a favor da felicidade humana”.

Moradores do Stiep denunciam derrubada de árvores

23/07/2012

Moradores da rua Rodolfo Coelho Cavalcante, altura da Granja Marazul, no bairro do Stiep, na capital baiana, não conseguiram suspender a derrubada de árvores que começou a ser realizada neste sábado (21), em terreno doado pela Prefeitura de Salvador para a Associação de Amigos do Autista da Bahia (AMA). A operação de devastação da área verde foi realizada durante o final de semana e deverá prosseguir nos próximos dias. Continue lendo »